Anderson Rodrigues da Rocha
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O DIÁLOGO INEXPLORADO DA TRANSFORMAÇÃO

 

 

 

A vida muda quando se altera o significado da sua história.

 

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O termo cognitivo, é de origem latina da palavra “cognescere” que tem como significado; conhecer. Isso está relacionado ao acúmulo de informações pelo aprendizado ou experiências, sendo a principal responsável pela função psicológica de elaborar conhecimento e desenvolvimento emocional. Este termo é utilizado como nominal à capacidade de adquirir conhecimento e desenvolver emoções, tendo como base o raciocínio, linguagem, memória, dentre outros.

Se tratando do aspecto das memórias é importante salientar que são a principal fonte de reserva de lembranças desejáveis e indesejáveis. Na memória reservamos recordações as quais desenhamos nos lembrar, assim como se preservam imagens de coisas pelas quais mantemos um desejo ardente pelo esquecimento. Contudo todas estas lembranças são a donte de onde é extraído  todo conteúdo necessário para nossa formação de personalidade, caráter e opinião.

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Seguindo essa analogia, torna-se não apenas possível nos compreendermos melhor, quanto aprender a trabalhar o cognitivo para filtrar as emoções de maneira a nos tornarmos agentes conscientes de si mesmo, a descobrir que muito do queremos e que desejamos e conseguimos ou não nos tronar, se refere ao comportamento naturalmente formalizado pela atitude de utilizar memórias de uma forma irracional. Por essa condição é que se faz necessário o exercício do processo cognitivo, a fim de aprimorar a percepção e raciocínio ao aplicá-las a fim de inovar a afirmação de personalidade e atitudes, comportamento, concepções e valores.

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Trabalhar as memórias é um processo que nos conduz não apenas ao autoconhecimento como também à ressignificação de acontecimentos passados. Trata-se de uma escolha muito bem aplicada e que corroboramos a enxergar a vida de uma maneira totalmente diferente, levando-nos a viver de uma maneira mais otimista e madura. Ressignificar significa dar outro significado ou sentido, a algum acontecimento ou situação; principalmente se tratando de algo negativo. Quando tomado por escolha a decisão de ressignificar a vida, transformamos uma experiência negativa em uma circunstância positiva; por mais pesada ou dolorosa que possa haver sido uma situação; passando a perceber o lado bom de tudo isso. Essa introspectiva nos permite absorver aprendizados obtidos a partir de eventos vivenciados e assim, prosseguir  com otimismo, apesar dos problemas.

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Ressignificar é uma prática que significa o exercício da percepção de quê nem toda experiência negatividade as quais vivenciamos, são completamente ruins. Mesmo se tratando de situações difíceis, é possível sairmos mais fortes, aprendendo e modificando aquilo que não estava trazendo resultados agradáveis para a trajetória e evolução pessoal. Dessa maneira, se torna primordial que; independentemente da tristeza que venhamos a sentir devido as adversidades que nos surpreendem, é possível encontrarmos forças para visualizar as coisas boas que  problemas são capazes de trazer.

Gostaria de ilustrar estas palavras por meio de exemplos pessoais e em ocasião, segundo a seguinte experiência: Na infância tive um instinto que me impulsionava a contemplar o céu. Às vezes apreciava me deitar num banco ao anoitecer ou até mesmo no chão, apensa para que pudesse observar as nuvens ou as estrelas. Durante o dia, as nuvens pareciam se mover como se viessem avançando sobre mim de tal maneira, que parecia ser possível em algum momento alcança-las e tocar. Nunca soube ao certo porque mantinha esse costume, mas era de comum eu estar em contato com a natureza.

Minha vida mudou tanto desde aquela época... Durante Algum tempo simplesmente me esqueci do prazer que eu sentia em realizar esse feito, pois infelizmente ao ficar desatento quanto os instintos mais básicos e que me deixavam mais sensível, aos poucos me desprendia daquela sintonia que tanto apreciava. Nem sei ao certo por quanto tempo foi que eu deixei de observar as estrelas ou assistir um lindo pôr do sol ao entardecer.  Estava sempre com a mente tão ocupada com tantas outras coisas, que nem fui capaz de perceber que aos poucos me distanciava dessa beleza. Talvez por isso eu tenha me tornado mais um dos seres humanos automatizados neste planeta.

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É... Eu sei que isso lhes soa familiar. Quando se é criança se preocupa com as coisas de criança, mas à medida em que a gente se desenvolve mudam-se todas as prioridades. Desprendemos a atenção das coisas claras e bonitas da vida e passamos a pensar nas que são mais obscuras. Tudo e todos se tornam uma ameaça, cada movimento à sua volta, cada atitude, olhar e circunstâncias... Tudo parece conspirar contra você e a beleza se perde. E pensar que muito disso pode ser fruto de memórias antigas e às vezes, de um passado não muito distante, mas que certamente nos afugenta das boas oportunidades a menos que se passe a perceber rapidamente e realizando uma mudança. Mas até que isso aconteça, já pode haver um grande estrago na magia da percepção.

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Acredito  que muitos já conheçam esse contexto, pois ele não é nada incomum. Até mesmo  para quem nasce nua vida acomodada com certeza terá muita história pra contar. Mas independente disso, nem sempre todos tomam o curso de uma vida pelo mesmo caminhar, contudo...os caminhos sempre acabam seguindo em direção à necessidade de resistir e confrontar as incertezas. 

Já vivi o bastante para perceber qual o lado bom e ruim da vida. Na realidade, acho que passei mais tempo no lado torto do que deveria. Mas sou feliz por ter tido a oportunidade de reconhecer que o lugar onde estava, não era realmente para mim. Isso não se trata de família ou das condições precárias... Não... Tem haver com o fluxo em minha mente e as escolhas dos caminhos que eu percorri. Mas as coisas mudaram muito com o tempo e hoje me sinto um homem realizado, exceto por alguma coisa que poderia haver feito diferente. Porém  devido às escolhas equivocadas e das muitas falhas que cometi pela falta de coragem  e sabedoria para lidar com as limitações, me expus à situações que não deveria.

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Essa é uma maneira figurada de dizer que meus antigos hábitos não valeram para mais nada além de afastar-me da família, perder a confiança das pessoas, em mim mesmo e da perda do meu tempo e tantas oportunidades que poderia ter. Com certeza me arrependo de muitas escolhas que fiz e embora eu nunca saiba se algum dia alguém irá compreender, também fiz muitos sacrifícios para tentar reparar meus erros.

Sempre percebo alguma angustia no olhar de pessoas a quem  certamente deixei decepção. Infelizmente nunca sabe realmente que um problema existe até que o viva de perto, pois talvez na minha mente eu apenas prejudicasse a mim mesmo, mas me enganava por não enxergar que afetava igualmente a vida de quem estivesse à minha volta. Essa é uma parte da minha vida pela qual sempre irei me arrepender, mas infelizmente não existe mais o que ser feito quanto a isso; o que sei que devo fazer, agora faço; e o que foi necessário eu já fiz. Mas infelizmente também ajudei a causar cicatrizes pelo caminho.

A parte mais complexa do desenvolvimento cognitivo, talvez seja o medo de assumir riscos e sair da zona de conforto pelo temor de conviver com consequências como as de fantasmas do passado. Evitar pagar o preço para a evolução até parece uma boa opção, mas a verdade é que a ausência de resultados é gradativo e mesmo que leve algum tempo, haverá um preço a se pagar. Então, do que adianta tentar esconder a vida de si mesmo, não encarar uma inovação da realidade para ser mais fácil desistir, se entregar às limitações e não fazer nada se com o passar dos anos o resultado será exatamente o que se teme? Ele simplesmente se manifesta por não fazermos qualquer coisa então, não seria mais conveniente haver tentado? Pois se ao chegar a um ponto mais a frente mesmo que os planos não tivessem dando certo, algo de novo já deveria haver mudado, nada seria mais do mesmo jeito pois haveria se movido para um estágio diferente. A conveniência de não agir, sempre atraiu o inconveniente de ver a vida passar sem que não acontece nada de novo.  O não caminhar e permanecer parado, é como regressar às escuras para trás sem enxergar ou encarar aquilo ao que está aprisionado, como se carregasse um fardo pesado, atado a um cabresto com viseiras lhe arrastando morro a baixo.

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Se imagine preso ao leito de uma cama necessitando da assistência ed alguém e o simples medo de se levantar e cair, o impeça de pedir ajuda. Qual o resultado mais provável e possível de se apostar? Se a princípio você decide não procurar auxílio, certamente nenhuma ajuda virá.  Basicamente, nossas limitações funcionam dessa mesma maneira. E são nas memórias que poderemos ter acesso à essência da formação desse dilemas pessoais. Quem estiver à nossa volta será capaz de perceber a mudança no comportamento e até mesmo a expressão no rosto. Podem falar palavras bonitas e dar conselhos que possíveis de não ajudar em nada. Mas será por elas não estarem certas ou simplesmente por desconhecerem nossa verdadeira prisão emocional? Ou seria apenas teimosia, falta, visão e raciocínio da nossa parte?

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As coisas nunca mudam apenas com aquilo que vem do exterior dos pensamentos, se o real motivo estiver por dentro... na mente...  Então é bom que esteja aberto quando um auxílio vier e saiba reconhecer que não somos os donos da verdade nem quanto a nós mesmos. Mas, existem algumas coisas que não iram mudar se não tomarmos consciência da própria necessidade de aceitação e mudança.

Não me recordo quantas vezes recebi uma palavra amiga de quem olhava minha vida com esperança, almejando um futuro melhor e promissor, mas eu nunca ouvi. Acreditava que sabia o que era melhor pra mim mesmo e a cada instante pretendia apenas aproveitar ou viver o momento, pois era de minha total responsabilidade e controle, acreditando que num instante tudo poderia mudar como num estalar de dedos. Levaram apenas vinte anos pra isso acontecer. Isso lhe parece lhe soar ironia? Pois é mesmo... E minha realidade permaneceria dessa mesma maneira se não despertaesse a respeito; ou poderia ser ainda piorar.

Isso ensinou a mim como é tão simples perceber que não conhecemos a nós mesmos, apesar de haver a necessidade de fazer escolhas só por si.  Há exceções de alguns instantes em que as pessoas percebem algo que não podemos ver, mas de qualquer maneira, os passos mais importantes somo nós quem devemos dar para alcançar mudanças, sem esperar o amanhã. As mudanças acontecem agora e dentro de si mesmo. Esperar para não fazer é tolice e não nos leva a lugar algum.

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Esse processo é trabalhado nas memórias, nas lembranças mais profundas. Alcançando o conhecimento das causas e motivos que nos levam a determinadas emoções e escolhas. Isso pode ser feito por si mesmo, pois a mente é terreno onde ninguém toca. É necessário encontrar a si mesmo nos labirintos onde só se conhece quem a eles arquitetou e, nos resgatarmos de onde nos perdemos.

Encontrar-se a si mesmo por meio das lembranças mais remotas que existem numa mente, é com certeza o primeiro ato para aquele cujo desejo seja aprimorar o processo cognitivo. Nas memórias alcançamos o passado que nos gera no presente atitudes otimistas de acordo coma maneira que decidimos lidar com a situação. Aprendendo, se desenvolvendo e evoluindo o pensamento através de um raciocínio construtivo, alterando do pessimismo à motivação a capacidade de evolução e desenvolvimento pessoal, percebendo que o maior investimento é aquele em que se investe em si mesmo e na própria  capacidade de criar um futuro promissor. 

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O exercício da ressignificação tem como principais princípios e características o exercício da mente na busca de extrair nas experiências do passado um outro significado para o presente seguindo os passos a seguir: Olhar o passado encarando-o de frente, olhar para as próprias experiências em busca de encontrar  paz com a própria história; Honrando e respeitando tudo aquilo o que vivenciou ao observar a própria vida  respeitosamente a ponto de sentir orgulho de tudo, da maneira como superou cada desafio e obstáculo, bem como a memória da pessoa a que veio a se tornar com o passar do tempo.

Evite reclamar, pois é um hábito nocivo a evolução pessoal e nos coloca  numa posição extremamente insatisfatória. Olhar adiante irá refletir na definição das suas prioridades, concedendo-lhe uma oportunidade de manter o foco num futuro almejado; no sentido de se estabelecer o que deseja conquistar, nas metas, sonhos e objetivos que deseja. E pergunte a si mesmo: Onde desejarei estar próximos dez ou dose  anos?

O verdadeiro sentido se enobrece e nos faz crescer quando aprimoramos nossa mente e escolhemos viver de uma forma diferente.